Mães literárias: com qual delas você se identifica mais?

29/04/2022

A gente ouve muito que mãe é tudo igual, né? Por aqui, acreditamos que as mães são igualmente sobrecarregadas, mas muito, muito diversas na maneira de ser, cuidar, amar, estar com os filhos e tentar equilibrar todas as outras coisas que elas também são, além de mães. Na literatura infantil, essas figuras centrais na vida dos pequenos personagens já ganharam uma variedade de representações.

Vamos conhecer e relembrar um pouco desses perfis de mães aqui? Com qual mãe dos livros para crianças você mais se identifica?

LEIA MAIS: O que torna uma mãe a melhor do mundo?

 

A melhor mãe do mundo, de Nina Rizzi e Veridiana Scarpelli

A mãe-pássaro do narrador deste lançamento da Companhia das Letrinhas é a rainha dos corres: cuida do filho, da família, da casa, ajuda os vizinhos e os amigos, cozinha, trabalha fora – ela leva tudo nas costas, e seu filhote é só admiração por essa mãe que dá um jeito em tudo! Por algum motivo que não sabemos, ela está encarcerada, e os dias em que o menino vai visitá-la são os melhores. Com humor, sensibilidade e linguagem informal, bem característica das periferias urbanas, a poeta Nina Rizzi aborda um tema pouco falado sem vitimizar ninguém, mostrando a potência dessa relação entre mãe e filho.

 

Tayó em quadrinhos, de Kiusam de Oliveira e Amora Moreira

A mãe de Tayó ensinou a  esta garota empoderada algumas lições valiosas: que ela deve sempre andar com a cabeça erguida, que leva uma coroa na cabeça e que seus ancestrais eram reis e rainhas! Também é para ela que Tayó corre quando vê alguma situação de injustiça ou racismo. Ela é uma mãe forte, carinhosa e que luta para um mundo mais justo para sua filha!

 

Puffy e Brunilda: uma pitada de magia, de Barbara Cantini

Brunilda é uma aprendiz de feiticeira que está prestes a se tornar uma bruxinha de verdade – faltam a ela apenas um gato e uma prova de voo na vassoura. E ela vem de uma linhagem de bruxas experientes e carinhosas, como a Vovó Matilda e a Mamãe Zelda, que vão compartilhar com ela todo o conhecimento sobre esse momento tão importante de sua vida.  

 

A mãe que chovia, de José Luís Peixoto e Daniel Silvestre da Silva

O menino deste livro lindo e poético do autor português José Luís Peixoto é o filho da chuva. E se deixar um filho para trabalhar já provoca uma mistura de emoções na mãe e na criança, imagina só ter que estar em várias partes do mundo para cumprir esse papel essencial para a natureza? Como é possível dar conta dessa enormidade? Bom, como as outras mães do mundo, a chuva também não dá. Mas consegue se fazer presente e inteira nas vezes em que está com o filho, mostrando a ele o poder do seu amor.

 

Inês, de Roger Mello e Mariana Massarani

A história da famosa rainha portuguesa que foi coroada depois de morta é contada pela perspectiva muito especial de uma criança - sua filha Beatriz - neste livro maravilhoso. A menina relata a história de amor entre sua mãe, Inês de Castro, e seu pai, o príncipe Pedro, e de como a desaprovação do rei em relação ao relacionamento do filho resultou na morte de Inês.

 

Robinson, de Peter Sís

O livro preferido do narrador deste livro é Robinson Crusoé e, quando ele precisa de uma fantasia para ir à escola, escolhe que vai vestido como o personagem. Adivinha só quem providenciou a fantasia, costurando e produzindo tudo em casa mesmo? A mãe dele, claro. O garoto ama, mas a reação de seus colegas quando veem sua fantasia não é nada lega, e ele vai precisar lidar com isso. Mas fica aqui nossa homenagem às mães que fazem esse tipo de arte por conta própria para seus filhos!

 

Nós agora somos quatro, de Lili L’Arronge

Esta mãe já tem um filho pequeno e está grávida do segundo, que chega à família logo no comecinho do livro. De maneira afetuosa e encantadora, usando poucas palavras, a autora mostra o cotidiano de uma família com duas crianças, incluindo a bagunça, o cansaço, as brincadeiras e o amor.

 

Lulu e o urso, de Carolina Moreyra e Odilon Moraes

Lulu encontra uma caixa cheia de coisas e, a cada objeto que tira dali, pergunta para a mãe, que está no computador trabalhando: “Mamãe, o que é isso?”. Com as respostas, ela vai criando uma cena imaginária mais elaborada. Contado a partir da perspectiva da criança, cheia de curiosidade e querendo interagir com a mãe, o livro traz essa situação que, de uma forma ou de outra, acontece com as mulheres que têm filhos.

 

Vozes no parque, de Anthony Browne

Premiado com o Hans Christian Andersen, Anthony Browne apresenta neste livro ilustrado maravilhoso quatro versões de um encontro no parque, por meio das vozes de quatro narradores, entre eles o menino-gorila Carlos e sua mãe. Ela é superprotetora e bem rígida e, quando o filho encontra uma amiga para brincar e sai de sua visão, fica muito preocupada. Ao descobrir o paradeiro do filho, fica irritada com ele e dá um fim ao passeio.

 

Lá e aqui, de Carolina Moreyra e Odilon Moraes

A criança protagonista deste livro tinha uma casa, com jardim, sapos, mãe e pai. Um dia, ela passa a ter duas casas, uma da mãe, outra do pai. Nas duas, precisa redescobrir o que a torna pertencente nessa nova realidade. Um livro ilustrado sensível sobre separação e as novas formas de viver que nascem a partir daí.

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